Era assim o mês de junho, onde as fogueiras eram acesas no dia de S. Pedro ou no do S. João. E a noite de São Pedro chegara talvez impaciente de o esperar.
Num céu imensamente azul cinza os pequeninos balões começavam a surgir. Primeiro um e depois aos milhares, onde o céu aberto de estrelas parecia misturar aos pequeninos pontos avermelhados.
Fogueiras, batata-doce, bombinhas, tudo isso desfilavam aos meus olhos apesar de que quando saia a rua vivia com medo de que algum garoto endiabrado chegasse um desses fogos que era o meu terror, aos meus pés. Mas quando chegava a noite então já sem receio ia para a fogueira que as criançadas faziam a beira do caminho. Um cheiro forte de batata-doce assada e de quentão circundavam ao nosso redor. E assim as horas iam passando quando alguém se lembrava que já era tarde e hora de dormir.
E quando chegava o dia seguinte ainda restava a braza da noite anterior.
terça-feira, 19 de maio de 2020
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