quarta-feira, 13 de maio de 2020

17 de fevereiro de 1947

O dia estava meio chuvoso quando saímos. Pelo caminho íamos cantando velhas modas de carnaval e quando alguém dizia uma piada era só risada. Apesar de não ser uma coisa bonita, grandes quantidades de carros desfilavam na Avenida São João!
Os guardas postos em certos trechos controlava o tráfego. Fomos até a Freguesia do Ó para buscar minha roupa e como não havia ninguém, entramos pelo portão que dá para a oficina. Foi construída recentemente, de forma que precisamos ter cuidado com os tijolos espalhados pelo chão. O céu estava carregado e um vento gelado batia no rosto. Ali tudo era silêncio a não ser que numa poça d'água os sapos pulavam de cá para lá.
As janelas são grandes que dá para uma pessoa entrar. Como tínhamos ido até lá e para não perder a viagem, resolvemos que o Paulo entraria pela mesma. Pegamos alguma coisa, pois o guarda roupa estava fechado a chave.
Na volta fomos jantar num restaurante perto da casa da irmã de Lina. Éramos para ir para lá mas como tínhamos ficado de encontrar com o Barbimo as 7 não deu tempo. Fomos ao cinema assistir Sangue e Areia e na saída como não saímos todos juntos, chegamos primeiro ao caminhão.
Na rua quase não se via fantasia. Os que andavam por ali na rua estavam voltando do cinema. Chegamos em casa as 3 horas da madrugada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário