segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

canto de luz

através da lente de aumento de algas entrelaçadas
ele coleta a obsessão dos solitários.
serpentes de Júpiter acendem córtices de luz,
cruzando o espaço no interior das palavras,
tocando o zênite do ovo da ema
o Saturno de Pessoa.


hebecca horn, 2005.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

[na música] should comprehend that the best things in life:

are health, food and love.
*
assim é tão fácil. tenho dois, falta um.

domingo, 19 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

104

A vida, como um comentário de outra coisa que não alcançamos, e que está aí ao alcance do salto que não damos.
A vida, um balé sobre um tema histórico, uma história sobre um fato vivido, um fato vivido sobre um fato real.
A vida, fotografia do número, possessão nas trevas (mulher, monstro?), a vida, proxeneta da morte, explêndido baralho, tarô de claves esquecidas que umas mãos gotosas rebaixam a uma triste paciência.
*
passeando pelas ruas de Paris, e, quase, integrando as nuits blanches.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

silêncio

são 3:02h. meu relógio biológico aponta que são 23h.
*
ando trocando o dia pela noite. e ando muito mais leve.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

o jogo da amarelinha

"nesse tempo, já me dera conta de que procurar era a minha sina, emblema de todos aqueles que saem de noite sem qualquer finalidade exata, razão de todos os destruidores de bússolas."

cortázar.

domingo, 12 de setembro de 2010

do diário da srta

tudo ficou mais fácil no momento em que soube que ele não mais a amava. a pergunta que não tinha sido dita, enfim, calou-se. porque agora não tinha mais motivos para as expectativas nem os planos para o futuro. tudo começava e acabava naquela parte do quarto, dividindo a sala e a cozinha. dividia assim o cheiro do jantar e as luzes dos carros que passavam na rua e refletiam no teto. era bom e assustador. ela tinha na mente que quando ele perguntasse sobre as traições, ela diria que o fato de não a amar a deixava livre para procurar outra pessoa. mesmo sendo quase impossível compartilhar o que sentia com outra pessoa.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ontem ainda é hoje

ontem tive uma conversa tão sincera, que se fosse para dizer aquilo para outra pessoa, provavelmente ela ficaria assustada. isso porque foram ditos os pensamentos, a falsa modéstia, arrogância, ganâncias no olimpo. e durante a conversa, aquilo que era um desabafo, tornou-se busca, raízes familiares, medos e acabou ao final as duas rindo, porque era como se tivéssemos um espelho na frente.
deixou mais leve. o projeto ainda vai ser projeto, e preciso respeitar o tempo. mas, a tentativa ainda é válida.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

metade da minha vida é ficção

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

das coisas que me deixam feliz

assisti na semana passada, pela segunda vez, o livro de cabeceira.
hoje no almoço fiquei com vontade de listar as coisas que me fazem/deixam feliz. vou adicionando aos poucos.

- cogumelos frescos
- cheiro de dama da noite
- caminhadas em noite de verão
- almoço familiar depois de longa ausência
- dormir perto de uma janela com brisa
- saber no momento que esse instante é único

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

eu tive um sonho assim

fico pasma como os sonhos trazem a tona aquilo que te incomoda de forma metafórica. sonhei que estava em um ônibus, passeando por constantinopla, e, ao me distrair, uma camiseta branca voou pela janela. pedi para o motorista parar no pátio (parecido com as paisagens de gomorra) e fui calmamente pegar a camiseta. peguei um outro pano, e depois peguei a dita cuja voadora. quando voltei tinham dois guardas que falaram que o ônibus não poderia estacionar e que o motorista pediu para avisar que ele tinha ido, mas que dava para eu alcançá-lo. quando perguntei a direção, o guarda disse, tanto faz, esquerda ou direita, os dois iriam dar na mesma direção do ônibus. saí correndo e ao chegar na bifurcação, a rua da esquerda era muito estreita (pensei que o ônibus não pudesse passar por ali) e fui correndo pela rua de paralelepípedos a direita. caí num museu, que eu não tinha acesso porque estava sem bilhete. eu disse que o museu era a passagem para eu pegar o ônibus (?) mas mesmo assim, não consegui passar. fiquei presa. perdi o ônibus porque me distraí com coisas pequenas demais. meu trajeto foi abortado por eu mesma.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

a inércia é meu ato principal

- eu queria ser lido pelas pedras