domingo, 28 de fevereiro de 2010

no metro



- lugar reservado para os mutilados de guerra

para os fas de amelie poulain.



quando o filme é mais bonito que a realidade.



e a musica do yann tiersen ao fundo?


acho que sempre que a gente vai conhecer um lugar que queria muito conhecer, fica aquela expectativa; transpor a barreira bidimensional.
Mas, as vezes, a bidimensionalidade é bem mais bonita. Tem musica, enquadramento e uma historia fabulosa.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

um pequeno mundo nas costas (ou o que o sentimento pode pesar)

ao sair do metro percebi que estava sem a carteira na mochila. obrigatoriamente sai correndo para o foyer, para ver se tinha sido furtada ou se esqueci a carteira em cima da escrivaninha. até chegar a estacao, pareceu que a mochila ficava mais leve, como se o caderno, livros também estivessem sido arrancados. neuroses paulistas em solo parisiense. cheguei, subi correndo e quando abri a porta, la estava ela, esplendorosa em sua quietude. mas em todo caso, decidi trocar a carteira por uma caixinha de oculos, com poucos documentos e pouco dinheiro.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

pequenas diferencas que fazem muita diferenca

- museus abertos para visitacao noturna (para quem trabalha o dia inteiro)
- sacos plasticos serem cobrados no supermercado (viva a sacolinha reutilizavel)
- metros por toda cidade e bicicletas para uso publico. (com passagem para os ciclistas). ah! e portas que ficam mais tempo abertas, sem precisar criar a avalanche sai da frente.
- bilhetes com tarifa reduzida ou gratuita para menores de 26 anos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

nesses 12 dias:


descobrir que nao é possivel caminhar entre o Passaro ou a Coluna sem fim do atelier do Brancusi.

mudar de


para



em Notre-dame sentir a conversa entre os vitrais, estatuas, pinturas, historia, musica e religiao.


assistir um ensaio de musica medieval no museu de Cluny


caminhar no Mont St. Michel


conhecer Rennes e entender porque as casas da Bretanha sao de pedra.


experimentar o famoso docinho Macaron


assistir um ensaio no anfiteatro Richelieu na Sorbonne


caminhar pelo Sena e cair no Louvre

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

la boudouse



voce me mandou:
hoje eu durmo sob as estrelas.
eu vi algo como uma resposta no metro:
dans le concert fabuleux des étoiles, je goûte au plaisir du silence froissé par la houle.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

janela para



antes de comecar a faculdade eu imaginava que iria morar em um lugar com assoalho de madeira e em cima, meu atelier com uma claraboia. acontece que isso nao è muito comum no Brasil, mas, a influencia dos filmes foi maior.
aqui no meu quarto eu tenho essa janelinha, com vista para a torre de uma igreja. tem sinos e hoje de manha, quando o sino tocou, houve o som de uma revoada de passarinhos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mont St. Michel



desde que assisti Ponto de Mutacao, baseado no livro do Kapra, esse lugar tinha ficado no meu imaginario. o encontro de uma cientista, um poeta e um politico para conversarem sobre diversas questoes da vida, deixava-me intrigada, como se nesse lugar eu pudesse encontrar as respostas, praticamente universais. lembro no final, quando o poeta cita Neruda: a vida sente a si mesma.
mas, como todo ponto turistico, existem turistas (bah) e dificilmente da para sentar em um banco para pensar ou caminhar com os pensamentos tranquilamente. mas, depois cheguei a conclusao, um pouco obvia, que o lugar è o que dele fazemos. uma vez disse a um amigo (ou para eu mesma?) que o legal de observar as pessoas è que sempre temos algo a fazer, nunca esperamos, sempre ha o exercicio da imaginacao. nao è onde o arcanjo Sto Miguel esta que ira responder. Hoje no quarto, um pouco doente, visualizei as coisas melhor, e o percurso da viagem foi uma maravilha.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

sol!

um dos melhores dias. notre-dame (obrigada Erika!) com sol e o museu de cluny com concerto de musica medieval.
paris è melhor vista com lentes de contato, sem roteiro e expectativa.

sábado, 13 de fevereiro de 2010



adaptacao parte 1: banheiro fora do quarto. ir para o chuveiro com duas sacolas plasticas, uma para a roupa do corpo e outro com o pijama. passar o bilhete para sair do metro. as baguetes embrulhadas em um terco do papel. o barulho das portas do metro (esse è nojento). e por ultimo, mas nao menos importante, o sotaque de cada estrangeiro (inclusive o meu). comment?

depois


4 dias na Citè Universitaire, passos pelo teto, banho bom, interrupcao instantanea que me fez mudar para o foyer.
direcao novamente corrigida, retorno para projetos; nao faz nem uma semana e acho o cèu estranho, sem nuvens, nao importa se dia ou noite, è inverno e as arvores ficam a mostra do esqueleto.
fixar pensamentos e ir.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

hoje è o terceiro dia e foram tantos os pensamentos.
ao chegar, a primeira impressao foi um tanto que triste, solitario e um pouco de choque diante tantas diferencas. achei os habitantes auto-suficientes, de forma que muitas coisas nao precisam mais de contato humano: bilheteiros, porteiros, pessoas que atendem na lavanderia. e os estudantes ficam restritos a um bom dia seco. fiquei pensando que era besteira me privar de meus amigos e familiares por um titulo bobo, caso quisesse continuar os estudos.
no segundo houve uma mudanca radical, depois de descansar bastante (acho que esse negocio de fuso horario realmente funciona), fiz minha inscricao na sorbonne, conheci parisienses muito simpaticas e senti o clima mais confortavel.
hoje, depois de uma nevasca na torre eiffel, muito mais pensamentos, fico a disposicao para ver o que essa cidade me diz. ainda è super cedo.
fiquei pensando que viajar consigo è a melhor possibilidade de entender um pouco mais de si. as conversas internas as vezes confundem, mas de certa forma ainda è a maneira mais sincera.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

é preciso transver o mundo.

acho que nunca fui tanto ao cinema quanto o mês de janeiro. de filmes de entretenimento aos cults, foi uma bela imersão cinéfila. posso dizer que na sala de espera, que foi o mês de janeiro, alguns filmes me deixaram um tanto que desnorteadas. hanami, cerejeiras em flor foi um deles. hoje, além da chuva, gostei de ver manoel de barros.