domingo, 28 de julho de 2013

I would prefer not to

pensei talvez que minha experiência estivesse associada com a capa do livro. rústico, feito de papel carbono, sem nenhum atrativo visual diante todos aqueles outros, mais belamente costurados. mas, se por algum motivo alguém resolvesse abrir, talvez tivesse uma bela surpresa na leitura.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

as migalhas - vinte e dois de julho

"as migalhas de pão são acumuladas diariamente nas mesas, por toda a casa. estão também no chão. por que me incomodam? vestígio de presença, que alguém passou por lá e simplesmente absteu-se da ideia que outra pessoa estaria por lá, promulgando um forte ato de egoísmo? um desleixo que é tomado como provocação, como forma de símbolo de dominação que diz "está casa ainda me pertence".

da passagem dos dias até certa finalidade

a inevitabilidade do dia chegar.
independente da percepção: o tempo comprimido, extenso
a criação como gesto contínuo, esforço diário para pequenas concretizações.

*
essa semana irá fazer dois meses: um de entendimento, outro de superação.
tudo será realizado dentro do mundo das imensas possibilidades.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

C.

foram 4 casas em 7 meses:
a) perto do pico do jaraguá, as flores se tornaram dançantes águas-vivas.
b) em campinas, só o sofá e o vinho branco. indícios do calor e o vazio do apartamento.
c) depois da liberdade, tatuapé. não vale a pena lembrar.
d) clandestinidade próximo ao parque. pirilampos sussurraram durante a madrugada.

difícil esquecer C.

domingo, 7 de julho de 2013

ele canta

Descansa sempre no final da tarde, e é então que canta. Ficamos circundando sem instrumentos para medir propriamente nada, a não ser o espasmos etc. É então que ele canta. Todos cantamos. Nos pomos a cantar a mesma música. Primeiro uns assobiam, depois todos cantamos bem alto. Ele canta através de nós. Nós cantamos por causa dele. De repente se cala e nunca sabemos se vai voltar a cantar. [Nuno Ramos]