desde ontem parece que engoli uma bomba que está, aos poucos, deixando-me mais cada vez mais enjoada. a professora dizia sobre a relação entre arte e poder. no México, a lavagem de dinheiro do narcotráfico associado ao mercado de arte e suas especulações milionárias. e penso, como é forte a noção do artista-romântico (comigo, ao menos - não que não soubesse, mas há uma tendência a considerar isso além do mundo, como se isso não me pertencesse).
fiquei vagueando que toda essa estrutura absurda é baseada na simples idéia que os artistas (acho que os mais ingênuos) precisam se apegar a noção do artista romântico (provedor de sensibilidade para produzir algo além do seu tempo. incompreendido pela sociedade, ele fecha-se em seu casulo para atuar como antena da sociedade.), para alimentar essa "caixa preta" flusseriana, mecanismo secreto que poucos conhecem, e que baseiam suas escolhas pelo quanto de influência e poder é possível transmitir. então, dentro de toda a maquinária, a Arte produzida pelos artistas em todo seu contexto histórico não é nada mais que a seleção de uma minoria que escolhe uma ou outra pessoa para defender seus interesses econômicos (novamente, ignorei Greenberg, Pollock...) e sociais.
e lendo arte, privilégio e distinção (sobre a formação do nosso "modernismo" brasileiro) só confirmam esse coeficiente de artisticidade que mais parece com a síndrome de vira-lata que senti na cidade luz.
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nessas horas me dá vontade de ir estudar direito.
sábado, 16 de outubro de 2010
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