sexta-feira, 15 de outubro de 2010
da chuva e seu cheiro
chove bastante na madrugada de sexta para sábado. voltando para casa, com o capuz, preocupada com o livro antigo. quando lembrei que tinha colocado o livro em um saco plástico e não tinha razão para eu tapar a cabeça. tirando o capuz, senti o cheiro de chuva, ouvi o som que batia nas calhas e que aumenta consideravelmente cada pingo. o caminho vazio, as luzes dos postes que iam passando junto com a água que caía e caía e não cansava de cair. pensei em blade runner, pensei em macondo, pensei que se nunca parasse de chover, iria ser muito triste viver.
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