domingo, 14 de abril de 2013

entre espelhos

em um dos filmes do Kar-Wai, a personagem feminina diz que ao iniciar a procura de si, quando vê refletida sua imagem no rosto das pessoas em que encontra, sempre gosta do que vê. peixinho exibido que foge para a caverna quando batem no vidro. uma pessoa boa, C. esconde talvez entre espelhos o tesouro e o medo. sei que, apesar de tudo, não foi C. que fragilizou-se. de medo, de um certo pavor. do desejo de ser antropólogo. as vezes tenho a impressão que corre o risco de perder-se na próprias buscas hedonistas. mas o pior mesmo é entender que essa outra vida é possível, em todo o seu devaneio.

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