sábado, 27 de abril de 2013

Hotel Bombay: Highway or Hemingway

Being on the boat, being in the bungalow,
Being on the sea, being near the sea,
Land and confusion is over there,
Behind the hill, behind the sand.
Stockholm, San Sebastian, San Pedro, Sevilla:
S-fact...
History is behind the Sea,
Horses and Heroes on the land,
H-fact...
Hotels, Cities, Negotiations...
Life: thousand and one lives;
non-fact.
Sailor in the Hotel,
Sailor on the Land,
A drop of Bombay Sapphire...
Best bargain:
The trap of Hospitality,
Welcome
to the Home.
No condition, no compromise.
Check the situation, get it.
I am talking to you,
in Bar Sevastopol
Instant Hostility
Star Rain;
More tone, more tonic...
no way, Norway.
Passangers on the threshold...
Why me?
What´s your story?
Back to bungalow, back to keyboards...
What´s the deal?
Hotel Holiday
A broken accord,
An enigmatic day-dreaming,
On the beach: Noise and Crime...
No fact, no alibi.
Waves...
Chasing Bach,
Tirana calling.
Life is Life,
An other ordinary summer,
A tree in the Pension
Monk Garden,
Like that.
Hotel Holiday.


Hüseyin B. Alptekin

terça-feira, 23 de abril de 2013

des mondes tombent dans un espace de lumière...

Texte de Jean Epstein, 1928. Ici: http://www.derives.tv/Une-vision-plastique-du-monde-sur

* Les Réceptacles. Gosto do texto, mas ainda estou em dúvida quanto ao vídeo.

Andarilho

"é, e justamente cada espectador cria uma síntese diferente daquela imagem que eu pensei. Para mim ela foi aquilo, o desejo de fazer aquela imagem era uma tradução o que era para mim, talvez o pensamento de um andarilho que tivesse andando o tempo inteiro naquele asfalto quente, aquilo é uma tentativa de tradução em imagens o que aqueles caras estavam pensando. A forma do pensamento, a forma meio aluviada, meio desfocada, meio evanescente, meio exalatória do asfalto quente. E o caminhão pra mim, eu imaginava justamente os caminhões, porque a quantidade de caminhão que passava o tempo inteiro andando na beira da estrada é muito louco. Você fica pouco tempo ali e já começa, e eles ali tem um vácuo, o caminhão traz um corpo que traz um vácuo que te joga pro lado. é uma presença muito louca, esses monstros passando o tempo inteiro. Então eu fico imaginando quem está ali há horas, andando, comece a perceber ali como outras coisas que caminhões. Monstros, figuras que ele está se relacionando naquela caminhada que, por que não virarem outra coisa que não caminhão? . Assim, e essa imagem do asfalto quente que deforma o objeto para mim era muito simbólico disso, o que seriam esses objetos para aquele homem que caminha. Como traduzir aquilo em imagem." [C.G]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

entre sp-bh

"os personagens são apenas. não sabemos de onde vieram e/ou porquê estão nessa situação. eles apenas caminham, ou vêem o destino pelas cartas, transmitindo o possível futuro pelo celular. não há uma explicação, julgamento. passamos alguns minutos sentados, como espectadores, dividindo um pouco os pequenos golpes de solidões"

domingo, 14 de abril de 2013

post-it

[pode ser que um dia a gente se reencontre. e talvez você esqueça meu nome, diante a tantos os outros amores vividos]

sobre o cheiro e o rastro da chuva

,

"- somente hoje, vou me apaixonar por você."
essa foi a fala do último encontro. fazia quatro meses que combinavam de se encontrarem sempre na mesma esquina, somente nos dias em que chovia na cidade S., próxima ao porto de C. começava o temporal e um certo sorriso hospedava-se no rosto dos dois. todos os encontros eram sempre em locais diferentes. apesar de serem diferentes, viam no outro, com uma espécie de fascinação, a alteridade e o desejo. mas aconteceu de ela dizer o seu nome, a mais ordinária das ações. e durante a noite, sussurrou quase como um segredo o quanto o amava. como se fosse possível controlar, o medo fez-se presente e dominou todo o quarteirão de um manto crescente de intimidade. nunca mais choveu na cidade de S., próxima ao porto de C. e a aridez e a solidão começaram a crescer novamente entre os cidadãos. aos poucos, voltaram as rachaduras e do solo, apenas a lembrança e o cheiro da chuva.

entre espelhos

em um dos filmes do Kar-Wai, a personagem feminina diz que ao iniciar a procura de si, quando vê refletida sua imagem no rosto das pessoas em que encontra, sempre gosta do que vê. peixinho exibido que foge para a caverna quando batem no vidro. uma pessoa boa, C. esconde talvez entre espelhos o tesouro e o medo. sei que, apesar de tudo, não foi C. que fragilizou-se. de medo, de um certo pavor. do desejo de ser antropólogo. as vezes tenho a impressão que corre o risco de perder-se na próprias buscas hedonistas. mas o pior mesmo é entender que essa outra vida é possível, em todo o seu devaneio.

sábado, 6 de abril de 2013

adormecida na caverna da memória

retornar a essa caverna, quase esquecida. o caminho da memória surgiu quando fui apresentar o passado a alguém novo, mesmo que temporariamente, na minha vida. por ocasião do rio de janeiro, eles surgiram. ouvir ryuichi sakamoto é sempre retornar a esse lugar, em que o cobertor aquece ao mesmo tempo que amortece com um leve amargor. é como o chá verde, depois de um tempo, amarra a boca. mas essa ilha é minha lembrança. em tempos como esses, é bom cultivar o bonito que foi o passado.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

farol

ele deu ali uns acenos para a solidão. lembrou como é triste ser sozinho. queria dividir a última gota do café junto a alguém.

abril

velocidade. o trem passa e os momentos de longa ociosidade não suportam mais. será permitido agora entre-ônibus, entre-passagens, entre a espera de uma sessão. coragem. para olhar de frente como pessoa. sensibilidade para ir além. abril começou com cheiro de novo.