Cezar Migliorin.
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terça-feira, 6 de maio de 2014
poéticas do arquivo
"Uma utilização do arquivo faz da montagem, da colocação em relação do passado com o presente, um puro encontro de heterogêneos sem troca, outro que faz desses encontros uma versão consensual, onde os arquivos se dão como explicação acabada do presente. Penso então em uma poética do arquivo. Esta poética do arquivo recupera textos, imagens e nomes históricos e os conecta com novos eventos e outras imagens, sem pretender a totalidade do evento primeiro. O arquivo não é uma parada em um momento histórico, mas uma abertura para suas qualidades combinatórias, criativas – da história e das imagens. Como se os eventos não pudessem ser jogados fora, devendo-se guardar a virtualidade de algo que foi no passado, uma virtualidade do discurso, uma força criadora que surge dos próprios homens e que corre o risco de ser apagada como um todo. Guarda-se a potência de transformação do presente do acontecimento que transborda o tempo em que foi produzido."
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