segunda-feira, 5 de março de 2012

cumplicidade na garagem.

elas se reunião todos os sábados e domingos. as cadeiras de plástico ao redor da mesa.
ficavam em um círculo, rindo, contando anedotas e observações da vida alheia. sempre achei essa imagem atemporal. as senhoras estariam para sempre na garagem, mesmo que, porventura, uma ou outra estivesse doente. o riso da dona da casa sempre cortava os domingos. fazia companhia ao sempre som do jogo de futebol que reverberava nas casas.
foi em uma tarde que pensei. se não tivessem umas as outras, seria muito triste o cotidiano. de toda a solidão, já bastava voltar para casa e encontrá-la vazia.

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