domingo, 5 de junho de 2011

para L.

quando se permanece um tempo sozinha, diante todo falatório e informação da vida cotidiana, algumas percepções parecem mais claras no momento de voltar e ver-se novamente no mundo. as amizades que ficam, as que passam. os pensamentos corriqueiros unidos com os de caráter mais profundo. o desejo de ser e tudo aquilo que carrega-se. tudo misturado nesse caos presente e tão fugidio, que escorre e se perde nos meandros da memória (até aparecer uma situação semelhante em que possa ser despertado).
é engraçado perceber, depois de curto isolamento, que tudo fica mais brilhante. as pessoas mais reais. a vida, um pouco menos embaçada.
e pensando no espetáculo de minha amada amiga, pensava que além de meu amor por ela, sempre no nosso encontro saímos transformadas. uma troca justa. permitida por ambas. e que precisa de um longo distanciamento do tempo para termos sentido.
porque as pessoas que saem além dos números e das perguntas sem interesses, são mais que pessoas e tornam-se trocas e realmente podem mudar a vida.
*
e minha admiração só cresce mais e mais. pela sua força e fragilidade. é muito bom estar ao seu lado.

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