quinta-feira, 10 de junho de 2021

Oco

Uma rocha que parecia pesada,
em sua camada de granito forjado sob o sol.
De repente,
se mostrou leve, como um floco de neve,
frágil como folha seca.


No tempo de três músicas
Nevou em todo o interior de sua casca
Mesmo com as cobertas
A tempestade rugia internamente
Um escuro e um frio
Que fazia tempo que não sentia
Mas mesmo assim
Era só meu.

Se cava aos poucos um buraco imenso
Oco
Só os raios do sol habitam o espaço
Oco
Amanhã é preciso
Encher um pouco esse vazio
Imenso
Jogar areia para habitar
Tornar o vazio denso
Para poder ser habitado.

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