sábado, 1 de junho de 2013

clandestino

o seu rosto era salgado como o mar.
tinha no cheiro o exercício da escrita. perpasseava como uma cobra coral, pelos corpos das fêmeas, sempre descritos por alguns gemidos. não tinha como sair a bordo. ameaçaram-no jogar em alto mar. disseram que era clandestino. em vez do seu corpo, jogaram-o de um outro. desesperou-se e viu ir ao longe Elenik. o barco já não era mais sua esperança.

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