quarta-feira, 26 de outubro de 2011

para ler: a alma encantadora das ruas

"o guia suspende a cortina e nós entramos numa sala quadrada, em que cerca de dez chins, reclinados em esteirinhas diante das lâmpadas acesas, se narcotizam com o veneno das dormideiras. A cena é de um lúgubre exotismo. os chins estão inteiramente nus, as lâmpadas estrelam a escuridão de olhos sangrentos, das paredes pendem pedaços de ganga [tecido de algodão] rubra com sentenças filosóficas rabiscadas a nanquim"

João do Rio (1881-1921)

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